Qual o papel do sono na imunidade?

Para este artigo juntamos algumas informações de fontes relevantes que podem contribuir para um sono tranquilo e assim manter sua imunidade alta!

Segundo André Biernath, Revista Saúde Editora Abril. Enquanto dormimos, nosso organismo realiza ajustes essenciais para o bom funcionamento das nossas defesas naturais. Conheça os detalhes de como o sistema imunológico se beneficia daquele merecido descanso.

Manter o sistema imunológico em forma dá trabalho. Muita energia é gasta para que a patrulha de células que compõem suas defesas permaneça a postos. Agora pense: qual é o momento ideal para realizar os ajustes nesse sistema e mantê-lo em operação? Nota dez a quem pensou nas horas de descanso noturno. Dormir bem é um fator crucial, pois durante esse período a imunidade se refaz.

Na contramão, quem fica as noites em claro não desenvolve uma proteção confiável. O pouco tempo no colchão faz subir a liberação de cortisol, um hormônio relacionado ao estresse. “Em excesso, essa substância diminui a reação de defesa”, ensina a ginecologista Helena Hachul, do Instituto do Sono, em São Paulo.

Um estudo conduzido na instituição paulista apontou que a privação de sono corta pela metade a produção de anticorpos de pessoas que tomaram a vacina contra a hepatite A. Outro artigo, assinado por experts da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, aponta que o risco de ficar resfriado é 4,5 vezes maior em sujeitos que cochilam por menos de cinco horas por dia. A conclusão é taxativa: descansar entre sete e oito horas com a cabeça no travesseiro turbina a imunidade.

O relógio faz diferença

Na pesquisa americana, 164 voluntários registraram as horas de sono durante uma semana. Depois, foram isolados em um hotel por cinco dias, onde travaram contato com o rinovírus, causador do resfriado. Aqueles que dormiam menos tempo acabaram mais doentes – sinal de que o sistema imune não estava treinado para rechaçar a ameaça.

Recomendações para a duração do sono, segundo Sleep Health: The Official Journal of the National Sleep Foundation

Em recém-nascidos (até três meses) recomenda-se uma duração do sono diária de catorze a dezessete horas, em bebês (quatro a onze meses) de doze a quinze horas e em crianças (um a dois anos) de onze a catorze horas. Na idade pré-escolar (três a cinco anos), os especialistas recomendam dez a treze horas de sono e na idade escolar (seis a treze anos) nove a onze horas. Em adolescentes, a duração do sono ideal recomendada é de oito a dez horas, e em pós-adolescentes (18 a 25) e adultos (26 a 64) de sete a nove horas. Em adultos mais velhos (acima de 65 anos) recomenda-se dormir de sete a oito horas.

Concluindo, dormir faz bem para a nossa imunidade! Vamos cobrar mais de nós mesmos e das pessoas que amamos mais horas de sono. O ditado : “Prevenir é melhor do que remediar “ continua em alta.