Obesidade é sinônimo de Inflamação
Quando sentimos ou vemos algo em nós, alguma alteração à nível bioquímico, metabólico e celular já vinha ocorrendo a algum tempo. E já podia estar nos lesando sem percebermos. É o que acontece com a obesidade e uma série de outras doenças.
Obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2 estão intimamente correlacionados entre si e associados à inflamação crônica e geram uma exagerada produção de substâncias pró – inflamatórias e ativação de vários caminhos que sinalizam para nosso corpo produzir inflamação em cima de inflamação.
Adipocinas
O nosso tecido adiposo é um órgão endócrino, produz vários hormônios (inclusive estrogênio, tanto em homens quanto em mulheres) e substâncias com funções de sinalizar inflamação, entre outras. Estas substâncias secretadas pelo tecido adiposo são chamadas de adipocinas. E quanto maior esse tecido, maior a secreção. Mais de 25 adipocinas são secretadas pelo tecido adiposo. Existem estudos que nos levam a acreditar que as adipocinas são o elo entre a obesidade, diabetes e doenças ateroscleróticas como AVC e infartos. As ações das adipocinas tornam clara a relação da obesidade com doença, envelhecimento e inflamação. Existem funções das adipocinas a nosso favor e outras contra. Quando estamos com excesso de peso ocorre um desequilíbrio entre as funções protetoras e as pró – inflamatórias, tendendo para as que nos prejudicam.
Funções das adipocinas:
- Equilíbrio entre substâncias que trabalham diretamente na inflamação
- Influência na sensibilidade à insulina
- Regulação do mecanismo central da fome e do gasto energético
- Influência nos níveis pressóricos, nos níveis de colesterol e triglicerídios e na gordura do fígado.
As adipocinas podem ser ferramentas interessantes para uso na prática médica. Elas funcionam como marcadores de distúrbios metabólicos e ateroscleróticos, possibilitando a identificação precoce de indivíduos que tenham risco cardiovascular aumentado.
É extremamente importante nos mantermos com níveis de gordura corporal sob controle. Pois como podemos ver, o tecido adiposo não se encontra inerte no nosso corpo. É um órgão perigosamente ativo, com participação em vários processos importantes do nosso metabolismo. E tanto seu excesso quanto sua falta podem ser prejudiciais à nossa tão preciosa saúde.
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