ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
Uma questão:
- De opção
- De respeito pela decisão
- De experiência profissional para ajudar o paciente a trilhar bem o caminho escolhido.
É fato, por enquanto, que todos envelheceremos. Mas já podemos optar se queremos com saúde ou se deixamos virem as doenças “próprias “ de um envelhecimento sem cuidados. Esta opção e decisão sobre nosso estilo de vida pode ser tomada em qualquer idade através de informações que adquirimos ao longo de nossa vida e/ou exemplos dados pelos nossos pais.
Envelhecemos a partir do momento que somos gerados. A rapidez do processo depende de muitos fatores internos ou externos e também existem várias medidas preventivas pertinentes às mais variadas faixas etárias.
Muitas coisas podem nos tornar idosos antes do tempo e, além do que é visto externamente, já existem exames que nos informam a idade real do nosso corpo, além dos testes que avaliam a idade de acordo com as doenças e estilo de vida. Nosso relógio biológico se encontra nos nossos telômeros e a possibilidade de medi-los já é real.
As doenças têm origem em vários fatores, sejam genéticos, hereditários, ambientais (alimentação, exercício, stress, produtos químicos, irradiação…). Uma grande quantidade de estudos nos aponta e nos mostra como devemos nos cuidar, o que devemos evitar, que tipo de exercício fazer para retardarmos ou até mesmo inibirmos o aparecimento das mais diversas patologias.
As vitaminas e os minerais são substâncias indispensáveis para vivermos, entretanto, cada um de nós necessita de quantidades diferentes conforme nossa história clínica, nossa genética e nosso estilo de vida.
O uso de vitaminas, antioxidantes, suplementos, ômega 3 e minerais sem orientação profissional pode ser uma faca de dois gumes: prevenir ou causar doenças. Sempre é importante saber se o seu organismo pode e em qual dose pode tomar.
Vários estudos recentes têm demonstrado que os suplementos polivitamínicos prontos tendem a não serem benéficos para a saúde.
A partir dos 25 anos – dependendo do nosso estilo de vida pode ocorrer antes – vários hormônios declinam, alguns em maior grau, outros abruptamente, uns cronicamente até praticamente não serem detectáveis no nosso sangue. Podemos então dizer, clinica e laboratorialmente, que temos várias pausas hormonais, que vão muito além da menopausa e andropausa, e que delas vêm os mais diversos sintomas.
Todas estas pausas são passíveis de tratamento, com baixíssimo risco se usados nas formas, nas dosagens e nas pessoas corretas por um médico habilitado. Cabe ao médico avaliar a necessidade e informar a pessoa interessada.
O conceito de que os hormônios são vilões é antigo e vem dos resultados negativos que os hormônios sintéticos, com estrutura molecular diferente dos hormônios produzidos pelo nosso corpo, trouxeram.
Hoje já se produzem hormônios com a mesma estrutura molecular dos que são produzidos pelo corpo humano e, ao suplementá-los (quando estão reduzidos), temos vários benefícios, como: emagrecimento, ganho de massa muscular, disposição, resistência, ganho de energia e vitalidade, fortalecimento do sistema imunológico, melhora do humor, da qualidade do sono, da vida sexual, da capacidade intelectual e do aprendizado. Como consequência destas melhoras, nos mantemos mais ativos e dispostos por mais tempo.
Uma das teorias em relação ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças, diz que nosso sistema imune reage de forma negativa aos estímulos inflamatórios que lhe impomos, estímulos estes, decorrentes do nosso estilo de vida e de doenças que temos e não tratamos. Sendo assim, geramos inflamação, e envelhecemos.
Independentemente de nos envelhecer ou não, já sabemos que uma inflamação crônica em nosso corpo, não importando a localização, gera substâncias químicas que provocam várias reações nocivas ao nosso corpo, o que nos predispõe a um maior risco de desenvolvermos doenças cardíacas, câncer, derrames cerebrais, etc.
Existem exames que medem nosso grau de inflamação, risco de doenças oriundas dessa inflamação e, indiretamente, nosso envelhecimento.
Com uma visão mais ampla, adquirida em uma experiência em geriatria e somada a conhecimentos atuais adquiridos nos vários cursos, congressos de fisiologia, longevidade, qualidade de vida e envelhecimento saudável, é possível intervir e orientar de forma personalizada, detalhada e em termos de fácil compreensão de acordo com a necessidade e especificidade de cada indivíduo, sempre se respeitando e dialogando sobre objetivos, expectativas e limitações.
Envelhecer com saúde engloba vários conhecimentos, vários profissionais e a vontade da pessoa envolvida, mas já é possível e implica em se acrescentar qualidade de vida à quantidade de anos que os avanços tecnológicos vêm nos trazendo.