Hormônio D: Toxicidade a Ser Desmistificada
Mesmo com cada vez mais estudos acerca de seus benefícios, a suplementação de Hormônio D ainda gera (sem fundamentos e por falta de conhecimento) dúvidas e inseguranças em alguns profissionais de saúde e pacientes, acerca de sua toxicidade. O desconhecimento perpetua a atual pandemia de hipovitaminose D, com a não prescrição, ou prescrição de subdoses e/ou não aderência a prescrição correta e pertinente a cada caso. Esse artigo pretende desmistificar e trazer em números reais as doses e situações em que a toxicidade é passível de ocorrer; e de qual maneira podemos evitar ou suspeitar dela.
Causas
Na prática diária é extremamente rara a toxicidade provocada pelo Hormônio D, e as causas mais frequentes de toxicidade são:
1.Ingestão de vitamina D2 ao invés de D3.
2.Erro na manipulação ou fabricação;
3.Defeitos genéticos nos receptores do Hormônio D que causam uma diminuição de sua atividade;
4.Saturação nos níveis circulantes do carregador do Hormônio D3.
Podemos suspeitar das condições anteriores, quando alguém estiver usando doses inferiores a 40.000UI/dia e apresentar altos níveis de cálcio no sangue, após 90 dias de reposição.
Estudos mostraram que níveis tóxicos ocorrem em pessoas adultas (sem alterações nos receptores) usando cem mil unidades ao dia por 30 a 60 dias. E em crianças, utilizando 20.000UI a 40.000UI/dia por 30 a 60 dias. Então, em termos práticos isso só ocorreria se houvesse um erro de manipulação ou exagero na ingesta de alguém sem orientação.
Sintomas de um quadro de intoxicação por Hormônio D:
O quadro clínico é consequente a uma desidratação causada pelo excesso de cálcio sanguíneo. Por conta disso o principal e primeiro sintoma é sede (não confundir com boca seca). Outros sintomas podem também aparecer sempre dependendo dos níveis de cálcio no nosso sangue: secura nos olhos, vômitos, falta de apetite, febre, calafrios e intestino preso.
Por isso, quando estivermos suplementando Hormônio D em doses iguais ou superiores a 10.000UI/dia e apresentarmos sede, devemos ir ao nosso médico, para que além da avaliação clínica, ele peça e interprete os exames de sangue e de urina e diagnostique a real causa de nossa sintomatologia.
Cuidados
Mesmo sendo a rara a intoxicação por Hormônio D, devemos tomar alguns cuidados se estivermos tomando doses iguais ou superiores a 10.000UI/dia:
– Ingerir de 2 a 3 litros de água por dia
– Eliminar a ingestão de leite (Atenção! Existem leites vegetais enriquecido com cálcio) e restringir os laticínios quando estiver usando mais de 10.000Ui/dia de Hormônio D.
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