Dosar e controlar os níveis de insulina é prevenir uma série de doenças
A insulina é um hormônio, cheio de funções importantes no nosso corpo, dentre elas, chamar o transportador de glicose, o qual irá colocá-la dentro da célula e assim gerar energia. A glicose é o nutriente que mais nos proporciona energia. Mas quando estamos com energia sobrando, a insulina estimula nosso corpo a armazenar a energia em forma de gordura.
Altos níveis de insulina desencadeados pela dieta, somados à inflamação gerada por esse tipo de alimento nos levam a desenvolver a resistência à insulina. Ou seja, a insulina quer ativar o transportador de glicose, mas, além da própria insulina elevada, são produzidas substâncias que atrapalham os receptores de insulina nas nossas células e assim ela não se liga e não chama o transportador e, desse jeito, glicose e triglicérides ficam impedidos de penetrar nas células.
A ingesta de carboidratos simples – como farinhas e açúcares -, gorduras da carne, do leite, do coco, gorduras trans (margarinas e biscoitos), óleos vegetais do tipo girassol, soja e milho, em excesso e com frequência desde nossa infância e durante a fase adulta, faz com que desenvolvamos essa resistência à insulina. E a insulina que era para ter uma valorosa função no nosso corpo, começa a desencadear vários processos metabólicos e inflamatórios que culminarão em obesidade, diabetes, doença cardíaca, gordura no fígado, demência, câncer, etc.
Causam também o aumento da insulina: sedentarismo, stress crônico, gordura visceral, tabagismo e propensão genética.
Algumas das consequências do aumento constante e a longo prazo de insulina:
- Aumento da coagulação sanguínea e engrossamento da parede das artérias podendo causar tromboses e infarto;
- Vaso – espasmo, ou seja, contração das artérias;
- Hipertensão;
- Formação e estoque de gordura em órgãos e abaixo da pele;
- Aceleração do envelhecimento;
- Subutilização do hormônio tireoidiano e suas consequências (como obesidade e cansaço). Você até pode produzir, mas não será convertido na forma ativa;
- Inflamação crônica;
- Dificuldade em queimar gordura;
- Aumento dos triglicerídios;
- Osteoporose;
- Diabetes.
Na maioria das pessoas quando o diabetes tipo II é diagnosticado, já estava se desenvolvendo a doença há mais de uma década, inicialmente com níveis elevados de insulina e não de glicose. Agregue a dosagem de insulina à predisposição genética e assim conseguimos prever o futuro daquela pessoa antes do desenvolvimento da doença propriamente dita.
No quadro a seguir como uma doença se desenvolve inicialmente no nosso corpo, perceba que não sentimos nada nas fases iniciais, mas na verdade, já estamos sendo lesados. Deixar para nos cuidar quando estamos sentindo algo, ou quando nossa glicose sobe (por exemplo), seria já tratar e não mais prevenir:
Ao dosarmos com frequência nossos níveis de insulina e através desses vigiarmos o que comemos, estaremos um passo à frente do desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes, pressão alta, câncer e outras patologias direta ou indiretamente ligadas ao aumento de insulina.
Podemos chegar à conclusão de que tão ou mais importante que a dosagem da glicose no sangue, é a dosagem da insulina. Pois é através do conhecimento do nível em que se encontra a insulina no nosso corpo, é que podemos prevenir o aparecimento de várias doenças.
A que nível se encontra sua insulina? Maior que 6? E a quanto tempo sua glicose está acima de 85? Entendo que é muito difícil mudar esse conceito de esperar adoecer para tratar, mas com certeza prevenir ainda continua sendo a melhor opção nos dias de hoje. Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
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