O Hormônio D e a Vitamina A

A vitamina A, dentre outras funções, exerce um importante papel na regulação da proliferação celular contribuindo na proteção contra doenças malignas. Porém ao ser ingerida em excesso, a sua forma pré-ativa (retinol) provoca supressão dessa ação anti-câncer. A exceção à regra é o betacaroteno, que só sofre conversão para vitamina A, caso ocorra necessidade no nosso corpo.

Evidências mostram que os suplementos vitamínicos comerciais podem estar causando mais prejuízo que benefícios. Foram revisadas 14 fórmulas multivitamínicas comerciais mais populares nos Estados Unidos e ficou demonstrado que a dose média de vitamina A é de 4.395UI, enquanto que a dose média do hormônio D é de apenas 407UI, uma relação em que a vitamina A se encontra numa quantidade 10 vezes maior que o Hormônio D.

Em termos de um funcionamento fisiologicamente perfeito do nosso corpo, necessitamos que essa proporção seja contrária: 10 vezes mais D do que A. Se essa relação for de maiores níveis de A do que D, os efeitos do Hormônio D podem ser completamente perdidos.

As vitaminas A e D se ajudam, mas, também competem em várias funções metabólicas no corpo humano, e quando estão presentes num determinado local, se encontrando nessa relação de forma balanceada, ocorre uma ajuda mútua e assim se realizam e se potencializam várias funções.

O excesso de vitamina A, encontra-se presente nas principais fórmulas multivitamínicas comerciais. E este fato pode explicar os resultados conflitantes de determinados estudos na literatura médica, acerca dos benefícios do Hormônio D.

 

Fonte:  
Aula da pós-graduação de Fisiologia Humana ministrada pelo Dr. Ítalo Rachid sobre o Hormônio D.